domingo, 21 de fevereiro de 2010
Já o arrumei várias vezes, li-o duas vezes, todinho, do princípio ao fim, mas emerge sempre e reaparece, como um fantasma, à minha frente. Há obras que vivem por si. Não saberei fazer qualquer crítica literária. Não é minha fazenda. Posso apenas dizer se gosto ou não. E este foi dos livros que li, há mais de vinte anos, em Coimbra, e continua a impôr-se no meu horizonte, por aquilo que representa de humano, demasiado humano, na luta contra poderes irracionais. Um livro que não perde tempo a dizer mal desses poderes, mas a equacioná-los perante as razões da vida contra razões de Estado sem qualquer razão. Quem o escreveu, sofreu por causa desses poderes irracionais. Mas deixou uma mensagem: Nem só de pão vive o homem, Vladimir Dudintsev, Edições Europa-América, nos tempos de Lion de Castro.
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