quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Há muitos lugares do mundo que gostaria de visitar. De permanecer neles o tempo suficiente para lhes captar a rotina, não viver em hotéis, ter uma casinha ou um apartamento, sair à rua todos os dias e penetrar no âmago das vivências de cada vizinho, da cada concidadão. Saber-lhes das alegrias e das dores. E gostaria de descobrir esses lugares, não como um navegador sem bússola, mas como um residente e poder partilhar vivências. Não conheço ainda esses lugares. Talvez um dia. Talvez.

E, no entanto, existem outros lugares que gostaria de reviver, pela simples razão de neles ter sentido o sopro das coisas simples e haver pressentido a serenidade dos passos em volta. Lugares em que a única ambição é livrarmo-nos de qualquer réstia de importanciazinhas que não importam absolutamente para nada. Lugares verdes, onde há inverno com neve, muito calor no verão e o mundo rola à velocidade de uma aldeia. Lugares onde quase contei todas as casinhas, deixei que, do meu olhar se soltassem as aves seguindo trajectórias do tempo. Lugares de nostalgias.
Entre mim e esse lugares, interpõe-se um rio de água frescas e cristalinas. E mais um outro adiante. E outro e mais outro e também um vasto azul e profundo mar.
Lugares de nostalgias. Os únicos lugares do mundo onde alguma vez me senti livre.

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