quinta-feira, 30 de setembro de 2010

PENN STATION, de NEWARK, NJ

Penn Stattion de Newark, New Jersey

O OCTÁVIO MENDES


O Octávio Mendes em plena acção: fotografando perfis de Nova Iorque, a partir de Jersey City, New Jersey.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

NOSTALGIAS


As cores sempre foram o meu caminho de entrada na pintura. Pintura é cor. Os objectos ganham forma pelas cores, pela luz, pelo contraste que elas suscitam. Não percebo nada de teorias da pintura. Sigo somente as minhas emoções perante uma tela vazia ou pedaço de papel e deixo-me embalar pelas cores. Deixo que sejam elas a decidir. As cores são elementos femininos que, de uma forma ou outra, comandam as nossas vidas. As cores.

ESMALTES E JÓIAS, do Ilídio Martins



Um blogue onde o Ilídio Martins escreve sobre o que lhe apetece e quando lhe apetece. Raramente li uma declaração de independência e frontalidade como esta do Ilídio. Esmaltes e Jóias é um blogue que tem um pouco de tudo. Ainda por cima, é escrito com uma argúcia certeira e uma tonalidade picaresca e descontraída. O Ilídio é também um bom crítico: sabe ler, sabe comentar, sabe sugerir. É um devorador de livros, mas acima de tudo, um homem culto e bom. Mas não é por causa de ser um devorador de livros que ele é um homem culto. É porque ele sabe estar. E saber que também está ligado por laços familiares ao António e à Saudade ainda é melhor. Estou a falar de gente boa, que não necessita de preâmbulos intelectuais nem de auto-rotulações para nos ajudarem a sermos melhores. www.ilidiomartins.blogspot.com

terça-feira, 28 de setembro de 2010

RENDILHADAS SUBTILEZAS DO AMOR, DE JOÃO S. MARTINS


Rendilhadas subtilezas do amor. Uma homenagem do João S. Martins à mãe, às mãos de sua mãe. Um trabalho em madeira, simplesmente fascinante e repleto de uma tremenda ternura. Ao fim e ao cabo, uma homenagem a todas as mães do mundo.
Obrigado, João, por partilhares esta obra de arte com todos nós.

UMA MENSAGEM DO JOÃO MARTINS

Edito esta mensagem do João Martins, que transpira de generosidade e é um trabalhador da Língua Portuguesa, em NEWARK, New Jersey.


Amigo Francisco,
De vez em quando visito-te, no teu blog ou na galeria. E vejo, e leio... Depois dá-me vontade de te responder no mesmo tom coloquial. Aqui te deixo parte dessa conversa/resposta/contraponto possível. Com um "abraçarte", esse abraço que só os artistas conhecem!
João S. Martins



setembro

na sapiência dos calendários
os livros das horas breves
sequências de iluminuras

setembro como outros meses
dos livros tem muitas folhas
abertas páginas de espanto
capítulos de olhar rasgado.
mais atrás aquele setembro

de ano triste. estava só
antecipando a solidão
que um dia frio faria
orfãos pessoas e torres
rasgadas. nós. sós. cinza.

recordo o calor das cores sépia
de outras duas torres nostalgia
de um outro dia de um outro
setembro um outro livro
quando mãe e pai disseram sim

à volta da mesma mesa ainda hoje
nos juntamos refazendo o calendário
em cada setembro novo

© João S Martins – 9.10.2010


Um outro setembro
talvez o mesmo ou
um e o outro...



João, um abraço de gratidão e amizade.
Francisco

THE DAY AFTER THE AUTO-DA-FÉ


O Nuno Guerreiro já tinha editado este meu quadro no blog www.ruadajudiaria.com
Curiosamente, outros blogs e portais fizeram cópias da foto para os seus próprios sítios na internet. Não me importo nada nada com isso e acho até salutar. É bom partilharmos imagens quando elas nos transmitem emoções, sentimentos, memórias colectivas ou pessoais. Sómente para recordar que este quadro é da minha autoria, pintei-o em homenagem às 4000 vítimas do massacre de Lisboa de Abril de 1506 e está em minha casa. Os meus amigos que quiserem ver o quadro, basta só bater à porta de minha casa, que eu mostro. E agradeço a todos os que, ao longo destes dois últimos anos, têm feito correr esta imagem pelo mundo.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

AINDA A MORTE LENTA, de Émile Henry


Tenho verificado um significativo número de visitas à mensagem de referência a este livro. Pois bem, vou adicionar a imagem da capa, esperando assim contribuir para uma pesquisa do texto. Deverá ter existido tamém a edição francesa. Mas francamente, não posso ajudar, porque não conheço e também não fiz qualquer pesquisa para me certificar. Na foto acima, uma reprodução das capas da 1ª edição.





PAISAGENS URBANAS

Front Desk do Hall de Entrada
da Embaixada de Portugal em Washington
Paisagens urbanas baseadas nas cores dos telhados de Lisboa. Dois quadros de um tríptico que pintei com entusiasmo

LANDSCAPE

Hall de entrada da Embaixada de Portugal em Washington

O quadro na parede do fundo esteve em exposição permanente no Hall da Embaixada (Chancelaria) de Portugal em Washington, desde Agosto de 2008 a Julho de 2009. Penso que não podia privar os amigos de o poderem ver. Com esse quadro, havia mais seis da minha autoria. A Ana Galaz também expôs comigo ou eu é que expus com ela. A ordem dos factores é arbitrária.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

terça-feira, 21 de setembro de 2010

AINDA O LIVRO DE REFERÊNCIA: HISTORIA UNIVERSAL DE LA DESTRUCCION DE LOS LIBROS

Há dias, referi na rubrica que intitulei "Um livro de referência", uma obra de Fernando Báez, Historia Universal de la Destruccion de los Libros. Pois bem. Existe a tradução portuguesa, da responsabilidade da Texto Editora. Graças a uma pessoa amiga que me telefonou para me informar de tal facto, fico imensamente contente pelo público leitor, em língua portuguesa, ter acesso a uma obra tão fascinante e sobre um tema assaz preocupante - os livros, os milhares de livros, os milhões de livros destruídos sob as mais variadas circunstâncias. Ao mesmo tempo quero agradecer a essa pessoa amiga o esclarecimento que me deu, pela simples razão de nem sequer me ter ocorrido fazer uma pesquisa na net pois, de certeza, teria descoberto a referência em língua portuguesa. Pelo lapso, também as minhas desculpas. Não deixem de ler o livro.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

GRALHAS

Peço desculpa pelas gralhas que existem nas mensagens. Faço o possível para as corrigir, mas nem sempre assim acontece. Sobretudo com os textos mais longos.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

DUAS SUGESTÕES DE LEITURA

Isla África, de Ramón Lobo e A Long Way Gone - Memoirs of a Boy Soldier, de Ishmael Beah. Ambos os livros têm a particularidade de serem arrepiantes narrativas sobre a demência humana com uma metralhadora nas mãos sob o efeito simultâneo de estupefacientes e do uso de "crianças-soldados" arrancados à força no meio de pilhagens satânicas praticadas na Serra Leoa (e arredores) e fundamentalmente para serem usadas numa interminável e intermitente guerra civil, fratricida, servindo o negócio internacional de diamantes e alimentando-se dele. Quem viu Blood Diamond, saberá interpretar ainda melhor estes dois textos. Perceberá até que ponto pode chegar a saga assassina e destruidora de um ser humano na apoteose da vitória da morte e do acto de matar por pura e deslavada crueldade.

As referências editoriais que tenho sobre os dois livros são as seguintes:
Isla África, de Ramón Lobo - Seix Barral, Biblioteca Breve, setembro de 2001.
A Long Way Gone, de Ishmael Beah - Sarah Crichton Books, Farrar, Straus and Giroux, New York, 2007. Comprei um exemplar em um dos "milhentos" Starbucks que, na altura vendiam o livro para doar 2$ de cada unidade, em apoio ao programa da UNICEF para as crianças traumatizadas, vítimas de conflitos armados.

E já agora, na onda destas leituras, uma terceira proposta (que será uma releitura para muitos) o livro de Graham Greene, Viagem sem Mapas, editado em Portugal há muitos anos pela Arcádia, mais precisamente na colecção Biblioteca Arcádia de Bolso. Ofereci, há dez anos, o exemplar que tinha mas acabei por conseguir um outro, desta vez em espanhol, Ediciones Troquel, Buenos Aires, 1958. O livro foi escrito por Graham Greene em 1940.

sábado, 11 de setembro de 2010

11 DE SETEMBRO DE 2001

Hoje presto homenagem às mais de três mil vítimas do ataque às Torres Gémeas, em Nova Iorque. Fui imensas vezes a um lugar que se transformou numa espécie de cemitério virtual daqueles que morreram. Eagle Rock, em New Jersey. Ao fundo, a silhueta da grande cidade. Que em paz descansem e jamais sejam esquecidos.Tenho na minha página web www.franciscoazevedo.com a reprodução de um quadro de homenagem às vítimas.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A DANÇARINA

Fui descobrir este poema que escrevi em Moçambique, na Beira, em 1992, para fazer parte de um romance/novela que nunca terminei. Prometi ao Nuno que, um dia haveria de terminar o texto. Um dia. Desde Abril de 1992, já lá vão uns anitos. Fica para já este registo poético:

[ A dançarina ]

Chapéu encarnado, de abas largas,
saia justa sobre as ancas,
lá vai ela , a dançarina,
pezinho aqui, pezinho ali,
numa elegância
que faz mossa às madamas
mais compostas.

Por onde passa,
largam os velhos cachimbos
doce fumaça,
em sinal de cumprimento,
lamento de alma,
com cheiro a escândalo.

Todos a conhecem,
todos a querem,
todos a desejam.

Para todos sorri,
sem ser de ninguém,
para que fique bem e a alma não sofra.

Tudo o que tem a fazer,
é continuar dançando,
cumprimentando agora,
sorrindo a seguir,
escutando num lado,
vasculhando noutro,
sem nada ouvir.

Calúnias?!
Oh! mas são lamúrias de quem deseja e não pode,
de quem sofre e não colhe.

Há muito que se acostumou a esses ditos,
aliás benditos,
que a protegem da solidão.


Beira, 1992

UM LIVRO DE REFERÊNCIA

HISTORIA UNIVERSAL DE LA DESTRUCCIÓN DE LOS LIBROS (DE LAS TABILLAS SUMERIAS A LA GUERRA DE IRAK), de Fernando Báez. Um extraordinário livro que nos dá um roteiro sobre as causas naturais de destruição dos livros, mas acima de tudo, sobre a irracionalidade da sua destruição pela mão humana. Todas as culturas, todas as épocas e até escritores não são inocentes em relação a essa destruição. A informação que Fernando Báez nos dá é, por vezes simplesmente aterradora e de estarrecer. Sabiam que Vladimir Nabokov queimou o livro maior de Cervantes, D. Quixote de La Mancha no Memorial Hall de Harvard perante uma assistência de seiscentos alunos? Eu não sabia. O livro de Fernando Báez foi editado pela Random House Mondadori, Caracas e México, em 2004. Faz parte da Colección Actualidad e pergunto-me se não haverá uma editora que o possa traduzir e editar para ser acessível ao público de língua portuguesa. Valeria a pena.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

LIVROS - SALAZAR, UMA BIOGRAFIA POLÍTICA, DE FILIPE RIBEIRO DE MENESES

SALAZAR, Uma Biografia Política, de Filipe Ribeiro de Meneses. Uma extraordinária biografia à espera de todas as catarses. É tempo de nos livrarmos do fantasma de Salazar. Quem leu as obras de José Freire Antunes? Ou de Oliveira Martins? Pois em boa hora vos digo que esta biografia se lê com o mesmo entusiasmo. Obrigado e muito pelo facto de o livro estar acessível a uma nação por inteiro. Não me refiro ao preço. Infelizmente, os livros continuam a ser caros neste país, onde ler ainda não se tornou verdadeiramente num bem de primeira necessidade. Um dia, talvez. Um dia.
E já agora, uma RELEITURA:
Depois de lerem esta notável biografia, aproveitem para retirar do canto das estantes O Dinossauro Excelentíssimo, de José Cardoso Pires.

domingo, 5 de setembro de 2010

LIVROS

O TERCEIRO HOMEM, de Graham Greene. Viram o filme? Leram o livro? Porreiro, altura para reler o texto e rever o filme. Tenho uma edição da Europa-América, de 1977. E filme,uma reposição em DVD que mantêm toda a qualidade de côr (isto é, a preto e branco). Na verdade foram produzidos filmes extraordinariamente belos a preto e branco. Todo o contraste é sugestivo e todos os detalhes encaixam uns nos outros. Quanto ao livro, o próprio Graham Greene avisou que "O Terceiro Homem não foi escrito para ser lido mas para ser visto". A verdade é que, resultante de um guião cinematográfico, Graham Greene produziu uma obra literária notável. E não é extensa (apenas 144 páginas). Amigos, podem fazer o favor de ler o livro?

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

LIVROS

O MUNDO (O Mundo é a rua da tua infância), de Juan José Millás. Editorial Planeta. Prémio Planeta 2007, Prémio Nacional de Narrativa de Espanha, 2008. Simplesmente um belo e admirável livro.