domingo, 29 de agosto de 2010

LIVROS

Perguntavam-me, há dias, qual o sentido de referir a releitura de um autor que já se leu há muito tempo, quando existem muitos outros (dezenas, centenas, milhares, talvez centenas de milhares e milhões em todo o mundo) que ainda não foram lidos e provavelmente nunca serão?
O sentido é o seguinte: a vida é uma aprendizagem permanente. Existem aqueles que já sabem tudo, dão bitates, têm a verdade nas entranhas e naturalmente não fazem mais parte do grupo que continua a aprender. E há os que vão beber permanentemente às suas matrizes de referência. Eu não me importo de reler um autor as vezes que me apetecer. Gosto de o fazer e ponto final. Como não sou crítico literário, comentador desportivo, analista político, líder religioso, membro partidário, fico-me pelas leituras que gosto de fazer e sugerir.
Assim, sugiro que todos leiam o que lhes apetecer sem recurso a grandes teorizações. A vida ensina-nos o resto. E alguma vez, em algum lugar, descobriremos a beleza da literatura, a paixão da escrita e a razão pela qual entramos numa livraria e escolhemos um livro. As sugestões estão obviamente em toda a parte. Acabo também por não ser alheio a elas. Mas francamente, não é por aquilo que um crítico diga ou pense que me vou orientar.
Enfim, toca a ler o que quiserem e quando quiserem e como puderem. Porque um autor sugere sempre outros autores e assim sucessivamente. É preciso apenas ter o espírito aberto à necessidade de aprender permanentemente.

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