(A meu pai)
Na rigidez da morte
não existe poesia.
Nem nas lajes de granito
que meus pés tacteiam
transportando teu sereno
corpo de homem-pai.
Já não poderás ver
meu rosto chorando
nem escutar meu pranto.
Na memória gravarei
tuas palavras dispersas,
teu sorriso, tuas doces mãos
e a serenidade,
a tranquila serenidade
que transparece de tuas faces
de seda. De novo
e uma vez mais, o sorriso
com que te despedes da vida.
Até sempre, pai.
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