ESTAÇÃO DA BEIRA EM 1900

O início longínquo do Corredor da Beira está manifesto nesta imagem de 9 de Julho de 1900, quando, o primeiro comboio de via larga chegou à cidade da Beira, vindo de Umtali e Macequece. Hoje, aquele corredor continua a ser o pulmão de desenvolvimento das Províncias de Sofala e Manica e a República de Moçambique orgulha-se certamente desse facto.

Coloquei esta imagem, que é pública e está nos livros, as a gift, para o meu amigo Augusto Macedo Pinto cuja paixão por Moçambique não é menor do que a minha. Nessa, e em muitos outros aspectos da vida, estamos perfeitamente irmanados.

O MAR DENTRO DE MIM

A foto não tem muita qualidade. Mas este é o mar que está dentro de mim. O Manny Silva conservou-o até à morte. Ele tinha-me prometido que, um dia, quando morresse, o quadro ficaria para a neta.

Manny Silva olhou para este quadro mais quatro meses e partiu. Quando olho para a foto, vejo o mar e vejo o Manny. O mar dentro de mim.

ONDE ESTÁ O MAR ?

Já tinha editado a foto deste meu quadro, que pode ser visto todos os dias pela Luísa Belo, mas desta vez por um único motivo: a pergunta, em cima, diz tudo para mim. No meio desta poeira diária, solta pelos ventos do norte, uma poeira que se entranha e sufoca a alma, falta-me o mar. E é preciso atravessar todo esse areal para o descobrir para lá do horizonte. Mas onde fica o horizonte? Onde está o mar?

27 DE JANEIRO

27 DE JANEIRO. DIA MUNDIAL DE HOMENAGEM ÀS VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO. NÃO ESQUECER ESTA DATA. O HOLOCAUSTO CONTINUA A EXISTIR EM MUITAS PARTES DO MUNDO. ELIMINAR FISICAMENTE UM SER HUMANO POR CAUSA DA SUA RAÇA, CRENÇA RELIGIOSA OU CONVICÇÃO POLÍTICA, NÃO DEIXA DE SER UMA CONTINUAÇÃO DO HOLOCAUSTO.

Resistir à modernidade

SOLITUDE

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MAR ( Versão I )

MAR (I)

E já agora, a primeira versão desse mar que está aí mais abaixo.

INSTITUIÇÕES DA LINGUA ARABIGA, compostas por Fr. ANTONIO BAPTISTA

Estas INSTITUIÇÕES DA LINGUA ARABIGA, compostas por Fr. António Baptista, religioso da Província da Terceira Ordem de S. Francisco de Portugal, deve ter sido um dos mais antigos manuais em português sobre a língua árabe. A obra foi impressa em Lisboa, na Regia Officina Typografica, em 1774, com licença da real mesa censória.

FOZ DO PÚNGUÈ E DO BÚZI

..... ou assim

Território de Manica e Sofala

Antigamente havia mapas assim...

MAR ( Versão II )

O mar faz-me falta

PORTUGUESE VILLAGE

Portuguese Village

EL ÁVILA - CARACAS

O Ávila sob o meu olhar.

Por causa do "paro petrolero" de Dezembro de 2002 a Fevereiro de 2003, na Venezuela, retomei a pintura, actividade que interrompi durante muitos anos. E este quadro, que não é nada grande, é uma aguarela que hoje pertence ao meu tocayo, Francisco Braz Seara.

Não sou pintor de academia, nunca frequentei escola de artes, pinto porque gosto, quando quero e sobre o que me apetece pintar. Nunca fiz um quadro por encomenda nem me interessa fazer. E não vale a pena perder-se tempo a tentarem enquadrar-me em escolas ou filosofias da arte, porque tenho mais do que fazer. Há quem goste muito da minha pintura, há quem goste menos e há quem não goste mesmo nada. E isso é muito salutar, porque aprendo com todos eles.

Depois, deste quadro, confesso, já pintei algumas centenas mais, qua andam por aí espalhados entre Venezuela, Portugal, Estados Unidos da América, Curaçao, Brasil, Espanha e Itália.

Mais uma vez, a foto não é grande coisa, mas não sou fotógrafo profissional e as fotos funcionam, neste caso, como um arquivo da memória.

LIVROS - MAL ME QUERO, de Ana Martins

E cá temos as capas do último livro da Ana Martins, Mal Me Quero, com muita pena minha por não ter estado no seu lançamento ( em 3 de Dezembro último já tinha aterrado em Àfrica). Mas tive oportunidade de ler Autista, Quem... EU? tendo, na altura, escrito um post ( 7 de Março de 2010) sobre aquela obra. Eu e a Ana nunca nos encontrámos, nunca nos vimos fisicamente, mas temos trocado mensagens (por mail e através do facebook). Se não fosse a Ana, não teria despertado para a realidade do autismo. Porque uma coisa, é ouvirmos falar do assunto, ler páginas de caracter enciclopédico e ter uma vaga ideia. Diferente, muito diferente, é escutar alguém que tem pressentido e vivenciado essa realidade e teve o enorme mérito de transmitir o conjunto das suas experiências pessoais por meio da escrita - neste caso - um romance que, naturalmente é muito mais do que isso. Uma vez mais, Ana, muito obrigado, por isso.

Este post, é dedicado à sua última obra em relação à qual fica a sugestão da sua leitura que, aliás, ainda não li por dificuldades de distância geográfica. A temática é absorvente e o contributo que a Ana concede é, sem dúvida, realista e imprescindível. E muito obrigado pelo envio da foto da capa do livro que acima se edita.

Parabéns, Ana.

ANA A MANDA - OS FILHOS DA REDE, de Ruy Duarte de Carvalho

Ruy Duarte de Carvalho faleceu em Agosto de 2010 e foi efectivamente uma enorme perda para todos nós. Porque se perdeu uma voz e uma escrita multifacetadas, um mestre em todos os sentidos da palavra.

Edito neste post ( o primeiro de 2011), uma foto da capa do livro, ANA A MANDA, Os Filhos da Rede, publicado em 1989 pelo Instituto de Investigação Científica Tropical, no âmbito do Convénio estabelecido com a Secretaria de Estado da Cultura da República de Angola.

Trata-se da sua Tese de Doutoramento pela École de Hautes Études en Sciences Sociales de Paris, e que se tornou uma obra de referência antropológica sobre a vida dos pescadores da costa de Luanda.